A falta de visibilidade interna de segurança: Identificando as causas
Visibilidade interna de segurança.
Independentemente do que dizem as declarações corporativas sobre a visão e missão da área, a segurança ainda sofre com a falta de visibilidade interna. Muitas equipes de segurança ainda enfrentam baixo suporte da administração quando se trata de novas soluções para EHS. No entanto, muitos sites e comunicados corporativos dizem “segurança é nossa maior prioridade”.
Diariamente, os responsáveis e tomadores de decisão de EHS se deparam com muitas barreiras ao definir um caso de negócios para contratação de softwares de EHS. Alguns fatores como a colaboração insuficiente de outras áreas do negócio, falta de orçamento para investir em melhorias e o baixo suporte da administração são alguns dos desafios na luta para melhorar o desempenho de EHS. A falta de adesão da administração resulta em equipes de EHS sendo instruídas a apenas construir algo internamente em vez de contratar uma solução de software do mercado. Ou até mesmo usar o Excel. Por si só, construir uma solução internamente tem muitas armadilhas. Além disso, não significa exatamente que “a segurança é nossa prioridade”. E se o Financeiro apenas usasse o Excel? A verdade é que, independentemente do que digam os sites corporativos, a segurança ainda sofre com a falta de visibilidade interna.
Investimentos em EHS
Obviamente, os gastos com EHS vão muito além dos softwares. Não estou sugerindo que as empresas estejam limitando o investimento em outros recursos de segurança, como EPIs, treinamentos e ferramentas adequadas. No entanto, quando se trata de software de gerenciamento – algo que permite entender os sucessos e fracassos desses investimentos mencionados – parece haver uma barreira.
O que acontece na prática, diferente do discurso, muitas vezes está relacionada a alguns fatores:
- A missão e visão de EHS é defendida apenas no discurso, na prática não enxergam o valor de atuar dessa maneira.
- A baixa visibilidade do desempenho de EHS torna mais difícil para a administração enxergar que há um problema que precisa ser corrigido. Eles entendem: “As coisas estão bem do jeito que estão.”
- É visto puramente como um custo que desvia os resultados financeiros.
- As ações de melhorias em EHS não estão na ordem do dia até que alguém se machuque gravemente ou coisa pior.
É isso que alguns profissionais de EHS ainda estão enfrentando.
Curiosamente, a pandemia do COVID-19 teve um grande impacto na conscientização sobre saúde e segurança no local de trabalho. Em 2020, as pesquisas do Google por “EPI” dispararam. Anteriormente, quanto do público sabia o que o EPI significava? Agora faz parte do vocabulário de todos os jornalistas e políticos. Além disso, as empresas, especialmente aquelas em setores “essenciais”, têm sido forçados a dobrar seus esforços para permanecer em conformidade com as orientações e legislações em constante mudança.
Se algum trecho ou todo o texto fez sentido no momento atual que vive em sua organização, é hora de parar e propor medidas corretivas. No próximo artigo falaremos mais a respeito de ações que contribuem para mudar esse cenário.
Caio R. Benitz | Especialista em EHS | Gerente Técnico da Ambito/Ambipar