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O que a jogadora Marta tem a nos dizer sobre PDCA?

ciclo pdca no futebol feminino

Ciclo PDCA no Futebol Feminino. Uma Análise.

No dia 23 de junho de 2019, após encerrar sua participação na Copa do Mundo Feminina de Futebol, na França, a jogadora Marta Silva, maior artilheira de todas as Copas, ofertou-nos um depoimento muito inspirador:

É lógico que emociona, o momento é muito emocionante! Eu queria estar sorrindo aqui ou até chorando de alegria. E eu acho que é esse o primordial. A gente tem que chorar no começo para sorrir no fim. Quando eu digo isso é querer mais, é treinar mais, é se cuidar mais, é estar pronta para jogar 90 minutos e mais 30 minutos, quantos minutos forem. É isso que eu peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, não vai ter uma Marta para sempre, não vai ter uma Cristiane. E o futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Então pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim.

Em suas palavras, mais que apropriadas, ela mencionava que, embora nossa Seleção Feminina de Futebol seja caracterizada pela garra e pela vontade de vencer, notáveis nas partidas que pude assistir dessa Copa do Mundo, não foi difícil perceber que a falta de preparo físico do time não permitiu o melhor desempenho durante as partidas. E parece ter sido esse um dos motivos da eliminação do Brasil, segundo o depoimento de Marta.

Mas qual é a relação entre o PDCA ou o OPDCA com o mencionado pela grande atacante?

O PDCA é uma ferramenta utilizada no controle de processos, que tem como foco a solução de problemas. Sua aplicação consiste em quatro fases:

  • P (plan: planejar): seleção de um processo, atividade ou máquina que necessite de melhoria e elaboração de medidas claras e executáveis, sempre voltadas para obtenção dos resultados esperados.
  • D (do: fazer): implementação do plano elaborado e acompanhamento de seu progresso.
  • C (check: verificar): análise dos resultados obtidos com a execução do plano e, se necessário, reavaliação do plano.
  • A (act: agir): caso tenha obtido sucesso, o novo processo é documentado e se transforma em um novo padrão.

Muitos autores incluem ainda ao PDCA o “O” de observar, a fim de ressaltar a importância de uma visão analítica dos processos para garantir o planejamento mais adequado e a melhoria.

No Brasil, não é difícil perceber que em nossas atividades diárias gastamos pouco tempo observando nossas ações; pouquíssimo tempo, ou nenhum tempo planejando para alcançar nossos objetivos. Usualmente, o foco é na execução de mudanças mal planejadas e nem sempre associadas aos objetivos claros. Não verificamos se o executado realmente vai nos levar ao cumprimento de nossas metas. E não revemos metas ou planos, conforme resultados e contingências. Consolidamos processos fadados ao insucesso!

Isso é válido para a área industrial, prestação de serviços e para a vida pessoal, e até no futebol dada a simplicidade da aplicação do PDCA.

Isso é aplicável inclusive à fala da Marta, que observou de maneira analítica o desempenho da querida Seleção Feminina de Futebol e demostrou que o que precisa ser melhorado é a definição de metas, que devem ser monitoradas e consolidadas (até superadas) para um melhor desempenho durante os jogos.

Ficou com alguma dúvida? ou em como aplicar um ciclo PDCA em seus processos?

Especialista Ambipar Ambito

Elaine Moreira
Advogada, consultora jurídica e sócia da Âmbito Negócios Sustentáveis.

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