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O desafio das indústrias para operarem com a crise hídrica

Desafio das industrias para operarem com a crise hidrica

As indústrias e a crise hídrica de 2021

A crise hídrica no Brasil foi um dos assuntos mais comentados das últimas semanas. O volume de chuvas abaixo do esperado reduziu a capacidade dos reservatórios nas diversas regiões do país. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), entidade responsável pela coordenação e controle de geração e transmissão de energia elétrica, a capacidade atual de geração de energia elétrica no Brasil será insuficiente para atender as demandas a partir de outubro.

Situação de emergência hídrica nos estados

Muitos Estados e Municípios estão declarando situação de emergência hídrica, e publicando normas com o fito de conscientizar os consumidores a reduzirem o consumo de água potável.

Dentre as medidas publicadas, podemos citar:

  1. a proibição de lavar ruas, calçadas e a fachada das edificações;
  2. garantir a manutenção de torneiras, tubulações, conexões, reservatórios e caixas d’água, evitando vazamentos;
  3. suspensão da emissão de novas outorgas de uso de recursos hídricos; e
  4. redução do volume de captação de água outorgado.

Além da falta de água potável, a escassez hídrica também promoverá o aumento no valor da energia elétrica e o consequente aumento no custo da produção. O maior temor das empresas é a possibilidade de racionamento de energia, bem como a sua instabilidade e interrupção.

Incentivo na redução do consumo de energia

Sendo assim, é importante lembrar que, além da água, é preciso racionar também o consumo da energia. Por consequência, o Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, publicou a Portaria Normativa nº 22, de 23 de agosto de 2021. Tal norma possui diretrizes para incentivar a redução do consumo de energia dos grandes consumidores, mediante uma compensação financeira. O objetivo é que as indústrias reduzam o consumo de energia nos momentos de maior demanda: nos horários de pico. Com isso, o governo intenta evitar o risco de ‘apagão’.

Um ponto importante a se ressaltar é que as empresas esperam alguns ajustes na esfera trabalhista, tais como ajuste na jornada de trabalho, remanejamento do expediente de trabalho e alteração na jornada noturna.

O programa é de adesão voluntária, e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já iniciou o processo para receber ofertas para a Redução Voluntária da Demanda (RDV). Para mais informações, acesse o site ons.org.br.

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Amanda Bicalho Fernandes – Analista de Consultoria – OAB/MG: 167.727

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